nirvana

nirvana
te love

quarta-feira, 14 de julho de 2010

No primeiro dia de escola nos Estados Unidos, um novo estudante, de nome Toshiba, filho de um negociante Japonês, entrou para a quarta classe. A professora saudou a classe, e disse:

— Vamos começar por rever a Historia Americana. Quem disse: "Dêem-me a liberdade ou a morte?..."

Viu apenas um mar de caras de ignorância, com excepção do pequeno Toshiba que estava de braço no ar "Patrick Henry, 1775." — disse o garoto.

— Agora, — disse a professora, — quem disse: "o Governo do povo, pelo povo e para o povo não deve nunca extinguir-se da face da Terra?"

Mais uma vez, tudo calado exceto o Toshiba:

— Abraham Lincoln, 1863.

A Professora virou-se para a classe e disse:

— Vocês deveriam ter vergonha. O Toshiba, que acabou de chegar ao nosso país, sabe mais sobre ele do que vocês.

Assim que a Professora se virou para escrever no quadro, ouviu-se uma voz:

— Malditos Japoneses.

— Quem disse isso? — perguntou ela.

Toshiba levantou o braço:

— Lee Iacocca, 1982.

Nesta altura, um aluno já farto do ar de superioridade do Toshiba em relação ao resto da classe, levantou-se e disse:

— Vou vomitar.

— Quem disse isso? — perguntou novamente a professora.

Mais uma vez, o Toshiba levantou o braço:

— George Bush para o Primeiro Ministro Japonês, 1991.

Já furioso, um outro aluno levanta-se e grita para o Toshiba: "Olha, chupa o ..."

Mais uma vez, resposta do Toshiba:

— Bill Clinton para Monica Lewinsky, 1997

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eu passei os meus dedos pela página, sentindo as marcas onde ele havia pressionado a caneta no papel com tanta força que ele quase rasgou. Eu podia imaginá-lo escrevendo isso - desenhando as letras raivosas com a sua escrita áspera, riscando linha após linha quando as palavras saíam erradas, talvez até fazendo a caneta quebrar em sua mão grande demais; isso explicaria as manchas de tinta.
Eu podia imaginar a frustração fazendo as sobrancelhas dele se apertarem e enrugando a sua testa. Se eu estivesse lá, eu teria sorrido. Não tenha uma hemorragia cerebral, Jacob, eu teria dito a ele. Bota tudo pra fora logo.
Rir era a última coisa que eu tinha vontade de fazer enquanto relia as palavras que eu quase já tinha memorizado. A resposta dele ao meu bilhete de alegações - passado de Charlie pra Billy pra ele, exatamente como na segunda série, como ele apontou - não era surpresa. Eu já sabia a essência do que ele ia dizer antes de abri-lo.
Com gelo em meu coração, eu o assisti preparar-se para me defender. Sua intensa concentração não traía sinais de dúvida, apesar de ele estar em maior número. Eu sabia que nós não podíamos esperar por ajuda - nesse momento, a família dele estava lutando por sua vida tanto quanto certamente ele estava pelas nossas.
Eu alguma vez descobriria o resultado daquela outra luta? Descobriria quem foram os vencedores e os perdedores? Eu viveria o bastante para isso?
As probabilidades disso não pareciam muito grandes.
Olhos negros, loucos com sua ânsia feroz pela minha morte, vista no momento em que a atenção do meu protetor se desviasse. O momento em que eu certamente morreria.
Em algum lugar longe, longe na floresta fria, um lobo uivou.

terça-feira, 15 de junho de 2010